segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mulherzinhas.


Mulherzinhas.
Quase duas semanas depois, mas eu finalmente arranjei tempo para escrever outra coisa aqui no blog. Seguindo a idéia de Jane Austen, vou continuar com livros velhos, apesar desse não ser tão conhecido como Orgulho e Preconceito. Ganhei esse livro de herança da minha mãe e acho que já reli umas vinte e cinco vezes. Sério.

Para começar tenho um fraco por livros velhos, sujos e rasgados e o meu está bem nessas condições ( a culpa é praticamente toda minha :D).Mas mesmo que você não tenha o prazer de ter nas mãos uma edição maltratada dessa história ou que você não goste de livros maltratados, tenho certeza que ainda vai se encantar quando conhecer as quatro irmãs March.

Margarida, Josefina, Elizabeth e Amélia, em ordem de nascimento, são as personagens principais desse livro e tem entre 16 e 12 anos no início da história. O pai delas perdeu toda a sua fortuna e é voluntário na guerra entre o Sul e o Norte, portanto as meninas começam a ajudar na casa ou trabalhar para ajudar a sustentar a família. O livro se desenvolve mostrando as alegrias, as tristezas, as doenças, as dificuldades e é óbvio, os casamentos delas.

Margarida,a irmã mais velha, é uma personagem bastante agradável e, ao meu ver, a típica irmã mais velha perfeita. Trabalhadora, bem educada e bonita. Logo depois dela vem Josefina. A melhor personagem de todas! Qualquer mulher com um pingo de feminismo no sangue (eu!) vai adorá-la. É a personagem mais encantadora de todas e a que mais muda durante o livro, passa de uma adolescente frustrada por ter nascido mulher a uma moça extremamente madura e encantadora. Em terceiro lugar está Elizabeth, um amor de criança, mas um pouco tediante. É definitivamente a personagem menos verossimilhante do livro. E por último, mas não menos importante vem Amélia, uma boneca loira de olhos azuis, vaidosa e fútil, mas que cresce e muda durante o livro, fazendo-nos amá-la tanto quanto às outras.

E, claro, nós ainda temos os pais, idealizados pelas visões das filhas, mas que são bem legais mesmo assim, a empregada, outro doce de criatura, Lorenço (ele é muito fofo!) e seu avô, que são vizinhos dos March, a extremamente irritante Tia March e as outras personagens masculinas que vão surgindo e tomando os corações das mocinhas.

É o tipo de livro que você lê numa sentada, de tão agradável e fluida que é a história. Tem lições de moral, momentos emocionantes, momentos engraçados (normalmente,propiciados pela Jô) e várias histórias de amor. A mudança dos valores entre a época da escrita do livro e a dos dias atuais não atrapalha em nada, pois nenhuma das personagens falta com personalidade e sonhos próprios (exceto, talvez Elizabeth, mas ela é tão querida que a gente acaba relevando).

"Elas naturalmente se lembram dos conselhos que lhes dei ao partir; tenho certeza de que são boas filhas e que se esforçam para corrigir os pequenos erros que são normais na juventude. Quando voltar, sentirei ainda mais orgulho do que hoje sinto dessas 'queridas mulherzinhas' e as amarei ainda mais, se isto for possível."
Sr. March.




segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Pride and Prejudice".

Pride and Prejudice.
Eu queria começar direito. Com algo assim, maravilhoso. Por isso eu escolhi o melhor livro, dos dois que eu li até agora, de umas das minhas autoras preferidas. Rapidamente se tornando a melhor.
(O que me faz pensar que eu deveria ter mostrado para vocês a parte de cima da minha prateleira onde estão os clássicos da Penguin, mas eu tinha que comentar sobre a minha idéia idiota de nome para o blog.)
Não sei se vocês já viram o filme ou se já leram os livros ou então se já fizeram os dois, ou nenhum. Eu li Orgulho e Preconceito porque me interessei pela história quando vi um pedaço do filme, mas como eu tenho preconceito a qualquer filme que tenha a participação da Keira Knightley, não posso fazer nenhuma comparação entre os dois.

Jane Austen é uma autora imortal.
Simplesmente isso.
O que está escrito naquele livro, a sua essência, é imortal. E ela consegue criar uma personagem principal que até hoje pode ser apreciada pela sua coragem. Na verdade, o maior mérito dela, para mim, é a criação de personagens. Eles são apaixonantes. Você sente raiva de não sei quem e se apaixona pelo outro. A personagem masculina principal (que coisa feia!) me cativou completamente. Eu o amo. E pronto.
E o melhor: Defeitos. Elas não são perfeitas. Nem bonitas. A Elizabeth, por exemplo, não é linda, o único mérito de aparência dela são os olhos, ao contrário de sua irmã mais velha que é estonteante. Como o título do livro bem diz, as duas personagens principais (Elizabeth e Mr.Darcy) possuem cada um, um defeito. Uma é orgulhosa e o outro é preconceituoso. O que faz os leitores, ou pelo menos eu, gostar ainda mais deles, torcer por eles e, de vez em quando, sentir vontade de sacudi-los pelo ombros para ver se eles se tocam de uma de vez.
E não só as personagens principais, mas também todas as outras. A família Bennet, por exemplo, é cheia de pessoas revoltantes e algumas vezes vergonhosas, como a maioria das famílias são. A mãe com suas idéias fixas de casamento, as irmãs mais novas que ficam perseguindo todos os militares que passam pela cidade e não conseguem falar de outra coisa, sendo Elizabeth salva por seus tios, bastante normais, além da irmã mais velha, Jane, uma graça de personagem, extremamente querida e frágil, e o pai, que a adora e não deseja nada além de sua felicidade. E, no entanto, o leitor não deseja efetivamente o mal de nenhuma delas (tudo bem, na maioria das vezes porque isso atrapalharia a própria Elizabeth graças à sociedade da época).
Então até agora eu falei das partes imortais do livro, os personagens e a essência, ou seja, o dilema amor e casamento que a gente tem até hoje. Só que, claro tem as partes nem tão imortais assim:
O fim.
Eu não tenho certeza de como falar isso sem dar spoilers. Não tem como. O que vocês tem que saber é que o final pode ser um pouco decepcionante. E que isso é uma característica recorrente dela.

Amores proibidos, fuga de amantes, personagens cativantes, personagens engraçadas, casamento x amor x dinheiro x sociedade, enfim, versus o mundo.
Um ótimo livro para as românticas irremediáveis.

SINOPSE: Penguin Popular Classics - Pride and Prejudice - Complete and unabridged

" 'It is a truth universallly acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife.'
The opening of Jane Austen's ever-popular novel sets the tone of her sparkling comedy of manners and morals.
There are five daughters in the Bennet family and the marriage is the only career open to them. There is naturally much excitement when two young men of good fortune move into the district. But before there can be a happy ending, the hero must conquer his overwhelming pride and Elizabeth, the spirited heroine, her prejudices against him. Only by taking the route to self-knowledge can they reacha mature understanding of each other and find lasting contentment."

É uma verdade universalmente conhecida, que um homem solteiro que possua uma boa fortuna, deve necessitar uma boa esposa. (a tradução do want dessa época é meio complicada.)
A abertura do romance sempre popular de Jane Austen marca o tom de sua brilhante comédia de costumes e morais.
Existem cinco filhas na família Bennet e casamento é a única carreira aberta para elas. Naturalmente, há muita excitação quando dois jovens de boa fortuna se mudam para o distrito. Mas antes de poder haver um final feliz, o herói precisa combater seu orgulho esmagador (?) e Elizabeth, a espirituosa heroína, seus preconceitos contra ele. Só tomando a rota para o auto-conhecimento, eles podem atingir um entendimento maduro um do outro e achar contentamento eterno.

Tipo que o meu cuidado para não contar o final do livro foi infrutífero... A sinopse contou.

Obs: se vocês forem se aventurar a ler em inglês que nem eu fiz, estejam prontos para ficar indo ao dicionário de cinco em cinco minutos. E tem palavras que mudaram de significado, que nem want ali em cima. Mas vale a pena.

Obrigada por lerem. :D

"Mau Começo".... Ou não, quem sabe?


Finalmente tomei coragem.
Eu sempre quis ter um jeito de compartilhar minhas opiniões, mas nunca tomei nenhuma iniciativa. Daí uma amiga minha criou um blog há, tipo, uma semana atrás. Nada a ver com o assunto do meu. É sobre moda acadêmica, mas mesmo assim me inspirou. Fui procurar por blogs como o que eu queria fazer e achei um MONTE de sites legais. E tomei coragem. Ainda estou aprendendo a fazer isso aqui (eu nem sei como pôr plano de fundo com uma imagem minha ainda), então paciência para o amadorismo do design do site, OK?


Parte da minha estante.
Se vocês conseguirem ler os títulos, vocês vão ver que eu gosto de Meg Cabot, o que explica a analogia extremamente fraca do nome do blog. hehe.


Mais tarde publico um outro post com uma review.


Obrigada por lerem. :D